|  ……..   .  Espaço dedicado a
  todos os Santos e Santas Santos Padres   Chamamos de “Padres da Igreja” (Patrística)
  aqueles grandes homens da Igreja, aproximadamente do século II ao século VII,
  que foram no oriente e no ocidente como que “Pais” da Igreja, no sentido de
  que foram eles que firmaram os conceitos da nossa fé, enfrentaram muitas
  heresias e, de certa forma foram responsáveis pelo que chamamos hoje de
  Tradição da Igreja; sem dúvida, são  a sua
  fonte mais rica. Certa vez disse o Cardeal Henri de Lubac: “Todas as vezes que, no Ocidente tem
  florescido alguma renovação, tanto na ordem do pensamento como na ordem da
  vida – ambas estão sempre ligadas uma à outra – tal renovação tem surgido sob
  o signo dos Padres”. Gostaria de apresentar aqui ao menos uma relação,
  ainda que incompleta, desses gigantes da fé e da Igreja, que souberam fixar
  para sempre o que Jesus nos deixou através dos Apóstolos. Em seguida, vamos
  estudar um pouco daquilo que eles disseram e escreveram, a fim de que possamos
  melhor conhecer a Tradição. Alguns foram Papas, nem todos; a maioria foi
  bispo, mas há diáconos, presbíteros e até leigos. Entre eles muitos foram
  titulados de Doutor da Igreja, sempre por algum Papa, por terem ensinado de
  maneira extraordinária os dogmas e verdades da nossa fé. Ao todo os Doutores
  da Igreja até hoje são 33; 30 homens e 3 mulheres, mas nem todos da época da
  Patrística.   S. Clemente de Roma (†102), Papa (88 - 97) - Santo Inácio de Antioquia
  (†110) -  Aristides de Atenas (†130) - São Policarpo de Esmira (†156) -
  Pastor de Hermas (†160) Aristides de Atenas (†160) -  São Hipólito de
  Roma (160 - 235) - São Justino (†165) Militão de Sardes (†177) - Atenágoras
  (†180) - São Teófilo de Antioquia (†181) - Orígenes de Alexandria (184 - 254)
  - Santo Ireneu (†202)     -Tertuliano de
  Cartago (†220) - São Clemente de Alexandria (†215) - Metódio de Olimpo
  (sec.III) - São Cipriano de Cartago (210-258) - Novaciano (†257) - São
  Atanásio de Alexandria(295 -373) - São Efrém - (306 - 373), diácono,
  Mesopotânia - São Hilário de Poitiers. bispo (310 - 367) - São Cirilo de
  Jerusalém, bispo (315 - 386) - São Basílio Magno, bispo (330 - 369) -
  Cesaréia - São Gregório Nazianzeno - (330 - 379), bispo - São Ambrósio - (340
  - 397), bispo, Treves - Itália - Eusébio de Cesaréia (340) - São Gregório de
  Nissa (340) - Prudêncio (384 - 405) - São Jerônimo ( 348 - 420),
  presbítero  Strido, Itália - São João
  Cassiano (360 - 407) - São João Crisóstomo - (349 - 407), bispo - São
  Agostinho - (354 - 430), bispo - Santo Efrém (†373) - Santo Epifânio (†403) -
  São Cirilo de Alexandria - (370 - 442), bispo - São Pedro Crisólogo - (380 -
  451), bispo, Itália - São Leão Magno (400 - 461), papa  - Toscana, Itália - São Paulino de Nola
  (†431) - Sedúlio (sec V) - São Vicente de Lerins (†450) - São Pedro Crisólogo
  (†450) - São Bento de Núrcia (480 - 547) - São Venâncio Fortunato (530-600) -
  São Ildefonso de Toledo (617 - 667) - São Máximo Confessor (580-662) - São
  Gregório Magno (540 - 604), Papa - São Ildefonso de Sevilha (†636) - São João
  Damasceno (675 - 749), bispo, Damasco   Neste capítulo vamos
  apresentar um pouco daquilo que esses grandes Padres da Igreja escreveram;
  isto nos ajudará a compreender melhor o que é a Sagrada Tradição da Igreja.
  Veremos de onde vem a fonte de tudo aquilo que cremos e vivemos na Igreja
  Católica. É interessante notar que hoje muitos pastores protestantes estão se
  convertendo ao Catolicismo. A Revista americana “Sursum Corda!” Special
  Edition 1996 informa que nos últimos dez anos cerca de cincoenta pastores
  americanos se converteram, sendo que muitos outros estão a caminho da Igreja
  Católica. As três causas mais frequentes apontadas por eles são:   1 - o subjectivismo
  doutrinário que reina entre as várias denominações protestantes, em
  consequência do princípio “a  Bíblia
  como única fonte da fé”, e do seu “livre exame” por cada crente, o que dá
  margem a muitas interpretações diferentes para uma mesma questão de fé e de
  moral;   2- o re-estudo dos
  escritos dos Santos Padres, aqueles que contribuíram decididamente para a
  formulação correta da doutrina católica: a Santíssima Trindade, Jesus Cristo,
  a Igreja, os Sacramentos, a graça, etc..., e que vão desde os apóstolos até
  S. Gregório Magno (†604) no Ocidente, e até S. João Damasceno (†749) no
  Oriente; 3 - a definição do Cânon da Bíblia, isto é dos seus livros, que não é
  deduzida da própria Bíblia, mas da Tradição oral da Igreja. É a Igreja que
  abona a Bíblia e não o contrário. A análise profunda desses pontos têm
  mostrado a muitos pastores os enganos do protestantismo (PR, n.419, abril de
  97, pp.146 a 160).
 Vamos apresentar a seguir uma síntese dos
  principais Padres da Igreja:
 São Clemente de Roma (†102), Papa (88-97),
  foi o terceiro sucessor de São Pedro, nos tempos dos imperadores romanos
  Domiciano e Trajano (92 a 102). No depoimento de Santo Ireneu “ele viu os Apóstolos e com eles
  conversou, tendo ouvido diretamente a sua pregação e ensinamento”. (Contra
  as heresias)
 Santo Inácio de Antioquia (†110) - foi o
  terceiro bispo da importante comunidade de Antioquia, fundada por São Pedro.
  Conheceu pessoalmente São Paulo e São João. Sob o imperador Trajano, foi
  preso e conduzido a Roma onde morreu nos dentes dos leões no Coliseu. A
  caminho de Roma escreveu Cartas às igreja de Éfeso, Magnésia, Trales,
  Filadélfia, Esmirna e ao bispo S. Policarpo de Esmirna. Na carta aos
  esmirnenses, aparece pela primeira vez a expressão “Igreja Católica”.
 Aristides de Atenas († 130) - foi um dos primeiros apologistas cristãos; escreveu a
  sua Apologia ao imperador romano Adriano, falando da vida dos cristãos.
 São Policarpo (†156) - foi bispo de
  Esmirna, e uma pessoa muito amada. Conforme escreve Santo Irineu, que foi seu
  discípulo, Policarpo foi discípulo de São João Evangelista. No ano 155 estava
  em Roma com o Papa Niceto tratando de vários assuntos da Igreja, inclusive a data
  da  Páscoa. Combateu os hereges
  gnósticos. Foi condenado à fogueira; o relato do seu martírio, feito por
  testemunhas oculares, é documento mais antigo deste gênero (publicado neste
  livro).
 Hermas (†160) - era irmão do Papa São Pio I, sob cujo pontificado escreveu a
  sua obra Pastor. suas visões de estilo apocalíptico.
 Didaquè (ou Doutrina dos Doze Apótolos) -
  é como um antigo catecismo, redigido entre os anos
  90 e 100, na Síria, na Palestina ou em Antioquia. Traz no título o nome dos
  doze Apóstolos. Os Padres da Igreja mencionaram-na muitas vezes. Em 1883 foi
  encontrado um seu manuscrito grego.
 São Justino (†165), mártir - nasceu em
  Naplusa, antiga Siquém, em Israel; achou nos Evangelhos “a única filosofia proveitosa”, filósofo, fundou uma escola em Roma.
  Dedicou a sua Apologias ao Imperador romano Antonino Pio, no ano 150,
  defendendo os cristãos; foi martirizado em Roma.
 Santo Hipólito de Roma (160-235) -
  discípulo de santo Ireneu (140-202), foi célebre na Igreja de Roma, onde
  Orígenes o ouviu pregar. Morreu mártir. Escreveu contra os hereges, compôs
  textos litúrgicos, escreveu a Tradição Apostólica onde retrata os costumes da
  Igreja no século III: ordenações, catecumenato, batismo e confirmação,
  jejuns, ágapes, eucaristia, ofícios e horas de oração, sepultamento, etc.
 Melitão de Sardes (†177) - foi bispo de
  Sardes, na Lídia, um dos grandes luminares da Ásia Menor. Escreveu a
  Apologia, dirigida ao imperador Marco Aurélio.
 Atenágoras (†180) - era filósofo em
  Atenas, Grécia, autor da Súplica pelos Cristãos, apologia oferecida em tom
  respeitoso ao imperador Marco Aurélio e seu filho Cômodo; escreveu também o
  tratado sobre A Ressurreição dos mortos, foi grande apologista.
 São Teófilo de Antioquia (†após 181) -
  nasceu na Mesopotâmia, converteu-se ao cristianismo já adulto, tornou-se
  bispo de Antioquia. Apologista, compôs três livros, a Autólico.
 Santo Ireneu (†202) - nasceu na Ásia
  Menor, foi discípulo de são Policarpo (discípulo de são João), foi bispo de
  Lião, na Gália (hoje França). Combateu eficazmente o gnosticismo em sua obra Adversus Haereses (Refutação da Falsa
  Gnose) e a Demonstração da Preparação 
  Apostólica. Segundo são Gregório de Tours (†594), são Ireneu morreu
  mártir. É considerado o “príncipe dos teólogos cristãos”. Salienta nos seus
  escritos a importância da Tradição oral da Igreja, o primado da Igreja de
  Roma (fundada por Pedro e Paulo).
 Santo Hilário de Poitiers (316-367),
  doutor da Igreja, foi bispo de Poitiers, combateu o arianismo, foi exilado
  pelo imperador Constâncio, escreveu a obra Sobre a Santíssima Trindade.
 São Clemente de Alexandria (†215) - Seu nome é Tito Flávio Clemente, nasceu em Atenas por volta
  de 150. Viajou pela Itália, Síria, Palestina e fixou-se em Alexandria.
  Durante a perseguição de Setímio Severo (203), deixou o Egito, indo para a
  Ásia Menor, onde morreu em 215. Seu grande trabalho foi tentar a aliança do
  pensamento grego com a fé cristã. Dizia: “Como
  a lei formou os hebreus, a filosofia formou os gregos para Cristo”.
 Orígenes (184-254) - Nasceu em Alexandria,
  Egito; seu pai Leônidas morreu martirizado em 202. Também desejava o
  mártirio; escreveu ao pai na prisão: “não
  vás mudar de idéia por causa de nós”. Em 203 foi colocado à frente da
  escola catequética de Alexandria pelo bispo Demétrio. Em 212 esteve em Roma,
  Grécia e Palestina. A mãe do imperador Alexandre Severo, Júlia Mammae,
  chamou-o a Antioquia para ouvir suas lições. Morreu em Cesaréia durante a
  perseguição do imperador Décio.
 Tertuliano de Cartago (†220), norte da África, culto, era advogado em Roma quando em 195 se
  converteu ao Cristianismo, passando a servir a Igreja de Cartago como
  catequista. Combateu as heresias do gnosticismo, mas se desentendeu com a
  Igreja Católica. É autor das frases: “Vede
  como se amam” e “ O sangue dos mártires era semente de novos cristãos”.
 São Cipriano (†258) - Cecílio Cipriano nasceu
  em Cartago, foi bispo e primaz da África Latina. Era casado. Foi perseguido
  no tempo do imperador Décio, em 250, morreu mártir em 258. Escreveu a bela
  obra Sobre a unidade da Igreja Católica. Na obra De Lapsis, sobre os que
  apostataram na perseguição, narra ao vivo o drama sofrido pelos cristãos, a
  força de uns, o fracasso de outros. Escreveu ainda a obra Sobre a Oração do
  Senhor, sobre o Pai Nosso.
 Eusébio de Cesaréia (260-339) - bispo, foi o primeiro historiador da Igreja. Nasceu na
  Palestina, em Cesaréia, discípulo aí de Orígenes. Escreveu a sua Crônica e a
  História Eclesiástica, além de A Preparação e a Demonstração Evangélicas. Foi
  perseguido por Dioclesiano, imperador romano.
 Santo Atanásio (295-373) - doutor da
  Igreja, nasceu em Alexandria, jovem ainda foi viver o monaquismo nos desertos
  do Egito, onde conheceu o grande Santo Antão(†376), o “pai dos monges”.
  Tornou-se diácono da Igreja de Alexandria, e junto com o seu Bispo Alexandre,
  se destacou no Concílio de Nicéia (325) no combate ao arianismo. Tornou-se
  bispo de Alexandria em 357 e continuou a sua luta árdua contra o arianismo
  (Ário negava a divindade de Jesus), o que lhe valeu sete anos de exílio. São
  Gregório Nazianzeno disse dele: “O que
  foi a cabeleira para Sansão, foi Atanásio para a Igreja.”
 Santo Hilário de Poitiers (316-367) - doutor da Igreja, nasceu em Poitiers,
  na Gália (França); em 350 clero e povo o elegiam bispo, apesar de ser casado.
  Organizou a luta dos bispos gauleses contra o arianismo. Foi exilado pelo
  imperador Constâncio, na Ásia Menor, voltando para a Gália em 360, fazendo
  valer as decisões do Concílio de Nicéia. É chamado o “Atanásio do
  Ocidente”.Escreveu as obras Sobre a Fé, Sobre a Santíssima Trindade.
 Santo Efrém (†373), doutor da Igreja – é
  considerado o maior poeta sírio, chamado de “a cítara do Espírito Santo”.
  Nasceu em Nísibe, de pais cristãos, por volta de 306, deve ter participado do
  Concílio de Nicéia (325), segundo a tradição, com o seu bispo Tiago. Foi ordenado
  diácono em 338 e assim ficou até o fim da vida. Escreveu tratados contra os
  gnósticos, os arianos e contra o imperador Juliano, o apóstata. Escreveu
  belos hinos e louvores a Maria.
 São Cirilo de Jerusalém (†386), doutor da
  Igreja, Bispo de Jerusalém, guardião da fé professada pela Igreja no Concílio
  de Nicéia (325). Autor das Catequeses Mistagógicas, esteve no segundo
  Concílio Ecumênico, em Constantinopla, em 381.
 São Dâmaso (304-384), Papa da Igreja,
  instruído, de origem espanhola, sucedeu o Papa Libério que o ordenou diácono;
  obteve do Imperador Graciano o reconhecimento jurisdicional do bispo de Roma.
  Mandou que S. Jerônimo revesse a versão latina da Bíblia, a Vulgata.
  Descobriu e ornamentou os túmulos dos mártires nas catacumbas, para a visita dos
  peregrinos.
 São Basílio Magno (329-379) - Bispo e
  doutor da Igreja, nasceu na Capadócia; seus irmãos Gregório de Nissa e Pedro,
  são santos. Foi íntimo amigo de S. Gregório Nazianzeno; fez-se monge. Em 370
  tornou-se bispo de Cesaréia na Palestina, e metropolita da província da
  Capadócia. Combateu o arianismo e o apolinarismo (Apolinário negava que Jesus
  tinha uma alma humana). Destacou-se no estudo a Santíssima Trindade (Três
  Pessoas e uma Essência).
 São Gregório Nazianzeno (329-390), doutor
  da Igreja – nasceu em Naziano, na Capadócia, era filho do bispo local, que o
  ordenou padre; foi um dos maiores oradores cristãos. Foi grande amigo de São
  Basílio, que o sagrou bispo. Lutou contra o arianismo. Sua doutrina sobre a
  Santíssima Trindade o fez ser chamado de “teólogo”, que o Concílio de
  Calcedônia confirmou em 481.
 São Gregório de Nissa (†394) – foi bispo
  de Nissa, e depois de Sebaste,  irmão
  de São Basílio e amigo de São Gregório Nazianzeno. Os três santos brilharam
  na Capadócia. Foi poeta e místico; teve grande influência no primeiro
  Concílio de Constantinopla (381) que definiu o dogma da SS. Trindade.
  Combateu o apolinarismo, macedonismo (Macedônio negava a divindade do
  Espírito Santo) e arianismo.
 São João Crisóstomo (= boca de ouro)
  (354-407), doutor da Igreja, é o mais conhecido dos Padres da Igreja grega.
  Nasceu em Antioquia. Tornou-se patriarca de Constantinopla, foi grande pregador.
  Foi exilado na Armênia por causa da defesa da fé sã. Foi proclamado pelo papa
  S. Pio X, padroeiro dos pregadores.
 São Cirilo de Alexandria (†444) – Bispo e
  doutor da Igreja, sobrinho do patriarca de Alexandria, Teófilo, o substituiu
  na Sé episcopal em 412. Combateu vivamente o Nestorianismo (Néstório negava
  que em Jesus havia uma só Pessoa e duas naturezas), com o apoio do papa
  Celestino. Participou do Concílio de Éfeso (431), que condenou as teses de
  Nestório. É considerado um dos maiores Padres da língua grega, e chamado o
  “Doutor mariano”.
 São João Cassiano (360-465) – recebeu
  formação religiosa em Belém e viveu no Egito. Foi ordenado diácono por S.
  João Crisóstomo, em Constantinopla, e padre pelo papa Inocêncio, em Roma. Em
  415 fundou dois mosteiros em Marselha, um para cada sexo. São Bento
  recomendou seus escritos.
 São Paulino de Nola (†431) – nasceu na
  Gália (França), exerceu importantes cargos civis até ser batizado. Vendeu
  seus bens, distribuindo o dinheiro aos pobres, e com sua esposa Terásia
  passou a viver vida eremítica. Foi ordenado padre em 394, em 409 bispo de
  Nola.
 São Pedro Crisólogo (=palavra de ouro)
  (†450) – bispo e doutor da Igreja – foi bispo de Ravena, Itália. Quando
  Êutiques, patriarca de Constantinopla pediu o seu apoio para a sua heresia
  (monofisismo - uma só natureza em Cristo), respondeu: “Não podemos discutir coisas da fé, sem o consentimento do Bispo de
  Roma”. Temos 170 de suas cartas e escritos sobre o Símbolo e o Pai –
  Nosso.
 Santo Ambrósio (†397), doutor da Igreja – nasceu em Tréveris, de nobre família
  romana. Com 31 anos governava em Milão as províncias de Emília e Ligúria.
  Ainda catecúmeno, foi eleito bispo de Milão, 
  pelo povo, tendo, então recebido o batismo, a ordem e o episcopado.
  Foi conselheiro de vários imperadores e batizou santo Agostinho, cujas
  pregações ouvia. Deixou obras admiráveis sobre a fé católica.
 São Jerônimo (347-420), “Doutor Bíblico” –
  nasceu na Dalmácia e educou-se em Roma; é o mais erudito dos Padres da Igreja
  latina; sabia o grego, latim e hebraico. Viveu alguns anos na Palestina como
  eremita. Em 379 foi ordenado sacerdote pelo bispo Paulino de Antioquia; foi
  ouvinte de São Gregório Nazianzeno e amigo de São Gregório de Nissa. De 382 a
  385 foi secretário do Papa S. Dâmaso, por cuja ordem fez a revisão da versão
  latina da Bíblia (Vulgata),  em Belém,
  por 34 anos. Pregava o ideal de santidade entre as mulheres da nobreza romana
  (Marcela, Paula e Eustochium) e combatia os maus costumes do clero. Na figura
  de São Jerônimo destacam-se a austeridade, o temperamento forte, o amor a
  Igreja e à Sé de Pedro.
 Santo Epifânio (†403) – Nasceu na
  Palestina, muito culto, foi superior de uma comunidade monástica em
  Eleuterópolis (Judéia) e depois, bispo de Salamina, na ilha de Chipre.
  Batalhou muito contra as heresias, especialmente o origenismo.
 Santo Agostinho (354-430) - Bispo e Doutor da Igreja - Nasceu em Tagaste,
  Tunísia,  filho de Patrício e S.
  Mônica. Grande teólogo, filósofo, moralista e apologista. Aprendeu a retórica
  em Cartago, onde ensinou gramática até os 29 anos de idade, partindo para
  Roma e Milão onde foi professor de Retórica na corte do Imperador. Alí se
  converteu ao cristianismo pelas orações e lágrimas, de sua mãe Mônica e pelas
  pregações de S. Ambrósio, bispo de Milão. Foi batizado por esse bispo em 387.
  Voltou para a África em veste de penitência onde foi ordenado sacerdote e
  depois bispo de Hipona aos 42 anos de idade. Foi um dos homens mais
  importantes para a Igreja. Combateu com grande capacidade as heresias do seu
  tempo, principalmente o Maniqueismo, o Donatismo e o Pelagianismo, que
  desprezava a graça de Deus. Santo Agostinho escreveu muitas obras e exerceu
  decisiva influência sobre o desenvolvimento cultural do mundo ocidental. É
  chamado de “Doutor da Graça”. São Leão Magno (400-461) - Papa  e 
  Doutor  da  Igreja - nasceu em Toscana, foi educado em
  Roma. Foi conselheiro sucessivamente dos papas Celestino I (422-432) e Xisto
  III (432-440) e foi muito respeitado como teólogo e diplomata. Participou de
  grandes problemas da Igreja do seu tempo e pôde travar contato pessoal e por
  cartas com Santo Agostinho, São Cirilo de Alexandria e São João Cassiano, que
  o descrevia como “ornamento da Igreja e do divino ministério”. Deixou 96
  Sermões e 173 Cartas que chegaram até nós. Participou ativamente na
  elaboração dogmática sobre o grave problema tratado no Concílio de Calcedônia,
  a condenação da heresia chamada monofisismo. Leão foi o primeiro Papa que
  recebeu o título  de Magno (grande). Em
  sua atuação no plano político, a História registrou e imortalizou duas
  intervenções de São Leão, respectivamente junto a Átila, rei dos Hunos, em
  452, e junto a Genserico, em 455, bárbaros que queriam destruir Roma.
 São Vicente de Lérins (†450) – Depois de
  muitos anos de vida mundana se refugiou no mosteiro de Lérins. Escreveu o seu
  Commonitorium, “ para descobrir as fraudes e evitar as armadilhas dos
  hereges”.
 São Bento de Núrcia (480-547) – nasceu em
  Núrcia, na Úmbria, Itália; estudou Direito em Roma, quando se consagrou a
  Deus. Tornou-se superior de várias comunidades monásticas; tendo fundado no
  monte Cassino  a célebre Abadia local.
  A sua Regra dos Mosteiros tornou-se a principal regra de vida dos mosteiros
  do ocidente, elogiada pelo papa S. Gregório Magno, usada até hoje. O lema dos
  seus mosteiros era “ora et labora”. O Papa Pio XII o chamou de Pai da Europa
  e Paulo VI proclamou-o Patrono da Europa, em 24/10/1964.
 São Venâncio Fortunato (530-600) – nasceu
  em Vêneto na Itália, foi para Poitiers (França). Autor de célebres hinos
  dedicados à Paixão de Cristo e à Virgem Maria, até hoje usados na Igreja.
 São Gregório Magno (540-604), Papa e
  doutor da Igreja - Nasceu em Roma, de família nobre. Ainda muito jovem foi
  primeiro ministro do governo de Roma. Grande admirador de S. Bento, resolveu
  transformar suas muitas posses em mosteiros. O papa Pelágio o enviou como
  núncio apostólico em Constantinopla até 
  o ano 585. Foi feito papa em 590. Foi um dos maiores papas que a
  Igreja já teve. Bossuet considerava-o “modelo perfeito de como se governa a
  Igreja”. Promoveu na liturgia o canto “gregoriano”. Profunda influência
  exerceram os seus escritos: Vida de São Bento e Regra Pastoral, usado ainda
  hoje.
 São Máximo, o confessor (580 - 662) nasceu em Constantinopla, foi secretário do
  imperador Heráclio, depois foi para o mosteiro de Crisópolis. Lutou contra o
  monofisismo e monotelismo, sendo preso, exilado e martirizado por isso.
  Obteve a condenação do monotelismo no Concílio de Latrão, em 649.
 Santo Ildefonso de Sevilha (†636) – doutor da Igreja. Considerado o último Padre do ocidente.
  Bispo de Sevilha, Espanha desde 601. Em 636 dirigiu o IV Sínodo de Toledo.
  Exerceu notável influência na Idade Média com os seus escritos exegéticos,
  dogmáticos, ascéticos e litúrgicos.
 São João Damasceno (675-749) - Bispo e
  Doutor da Igreja - É considerado o último dos representantes dos Padres
  gregos. É grande a sua obra literária: poesia, liturgia, filosofia e
  apologética. Filho de um alto funcionário do califa de Damasco, foi
  companheiro do príncipe Yazid que, mais tarde o promoveu ao mesmo encargo do
  pai, ministro das finanças. A um deteminado tempo deixou a corte do califa e
  retirou-se para o mosteiro de São Sabas, perto de Jerusalém. Tornou-se o
  pregador titular da basílica do Santo Sepulcro. Enfrentou com muita coragem a
  heresia dos iconoclastas que condenavam o culto das imagens. Ficaram famosos
  os seus Três Discursos a Favor das Imagens Sagradas.
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