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…….. . Magia sexual "A Bruxaria não deve desculpas por envolver magia sexual. (Doreen Valiente - Witchcraft for Tomorrow) A Magia Sexual, conhecida no Oriente como Tantra, é a prática
ritualística desenvolvida através das energias canalizadas do corpo físico,
da mente e do espírito humano. O ato de criar outras vidas através de
relações sexuais e instituir uma força, ou um vínculo energético entre as
pessoas envolvidas, é visto como místico e sagrado. Como outras modalidades de Magia, a Magia Sexual
também é um recurso usado como fonte do poder que fortalece as cerimônias
ritualísticas e para obter o auto-conhecimento através da exploração do
próprio corpo, psique e alma. A Magia Sexual é uma das faces mais importantes
da Magia moderna. Utilizada tanto nas escolas ocidentais como nas
orientais, sua origem nos remete às práticas das crenças pré-cristãs, sendo
que os primeiros registros datam de 3000 a.C. A Antiga Religião da Europa
baseava-se em ritos de fertilidade para assegurar a proliferação de animais,
plantas e humanos. O conceito pagão da atividade sexual era saudável e
natural. Era a mais poderosa energia que os humanos podiam experimentar
através dos próprios sentidos, com a manifestação afetiva de um indivíduo ou
simplesmente a ação de compartilhar prazer e desejo carnal com outra pessoa.
Assim, mulheres consagradas serviam aos deuses em templos, o homossexualismo
e o heterossexualismo eram apenas definições das preferências sexuais, etc. Existem dois canais de energia no corpo humano que
estão associados ao sistema nervoso central e à medula espinhal, conhecidos
no Ocidente como Lunar
e Solar ou Feminina e Masculina
(receptiva/negativa e ativa/positiva). Geralmente, entre os não-praticantes
da Magia Sexual, apenas uma das correntes de energia está aberta e fluindo.
Entre as mulheres, apenas a corrente lunar flui desimpedida. Entre os homens,
apenas o canal solar está realmente livre. No caso dos homossexuais, essa
situação está invertida. Em todas as situações, este fato causa um
desequilíbrio e influencia negativamente várias esferas da vida humana. Portanto, segundo este raciocínio, o estado sexual
natural é a bissexualidade, em que ambas as correntes fluem juntas em
harmonia. A alma que habita o corpo físico não é masculina nem feminina.
Desse modo, o sexo é meramente uma circunstância física. O fluxo harmonioso
das correntes no corpo é simbolizado pelo antigo símbolo do Caduceu. Um dos maiores divulgadores da Magia Sexual
contemporânea ocidental é Aleister Crowley, através da doutrina do Thelema.
Posteriormente, diversas escolas iniciáticas a adotaram e adaptaram de acordo
com a própria filosofia. Porém, os princípios básicos permanecem inalterados.
Na Índia, ainda é uma das práticas mais utilizadas no hinduísmo. Apesar de (teoricamente) compor vários sistemas
mágicos, atualmente, a maioria das tradições não incorpora a Magia Sexual em
suas atividades. Isto se deve a opção pessoal dos praticantes (inibição e
preocupações com as doenças sexualmente transmissíveis) e a pressão social de
uma cultura judaico-cristã, onde o sexo é visto como algo pecaminoso e
polêmico. Deste modo, nos ritos sexuais modernos, são usadas representações
simbólicas dos antigos elementos da fertilidade, sejam objetos que
representem os genitais ou apenas uma dança ou encenação erótica. Sagrado Feminino Nas antigas crenças pagãs, os pólos femininos da
criação eram reverenciados como sagrados e a mulher era vista como o
principal canal gerador de vida. A Deusa era a divindade principal,
responsável pela criação de todas as formas viventes. Dessa forma, os ritos
que envolviam Magia Sexual, utilizavam-se de mulheres e do sangue menstrual
como elementos principais do Altar Cerimonial. O altar sagrado é formado por uma mulher que se deita
de costas, nua, com as pernas dobradas e afastadas (de forma que os calcanhares
toquem as nádegas). Um cálice é colocado diretamente sobre seu umbigo,
ligando-o ao cordão umbilical etéreo da Deusa, a qual é invocada em seu
corpo. Derrama-se o vinho sobre o cálice. O Sumo Sacerdote pinga três gotas
de vinho, uma no clitóris e uma em cada mamilo, traçando uma linha imaginária
que forma um triângulo no corpo feminino, tendo o útero como centro. Segue-se
um beijo em cada ponto, enquanto a invocação é recitada. Fluidos Mágicos Os fluidos produzidos no corpo humano de forma natural
ou através da estimulação sexual, também são utilizados nas cerimônias
herdadas dos povos antigos que envolvem a Magia Sexual, e são empregados para
um determinado objetivo. O vinho ritual continha três gotas do sangue
menstrual da Suma Sacerdotisa do clã, que unia magicamente os celebrantes
nesta vida e nas próximas encarnações. Os caçadores e guerreiros eram ungidos
com pinturas ritualísticas que continham sangue menstrual. Acreditava-se que
ao unir o sangue de duas pessoas, criava-se um vínculo entre ambas. Ungir os
mortos com o sangue era uma forma de assegurar o retorno à vida. O sêmen era
considerado energia canalizada que vitaliza o praticante que o recebe. Ainda,
o estímulo dos mamilos faz com que a glândula pituitária secrete um hormônio
que ativa as contrações uterinas. Isso ativa o fluxo de certos fluidos
através do canal vaginal. Criança Mágica A criança mágica é um termo utilizado na Magia Sexual
ocidental para designar uma imagem no momento do orgasmo. Neste caso, a
energia sexual não é liberada como no ato sexual tradicional, mas inibida por
períodos prolongados e canalizada através da mente para que se manifeste numa
forma de pensamento mágico, formando uma imagem astral durante o orgasmo. Para esta atividade, é necessário que o praticante
tenha desenvolvido a arte da concentra-ção/visualização e um controle firme
sobre a própria força de vontade pessoal, de forma que no momento do orgasmo,
não haja nada mais na mente que a imagem que deseja ver criada. Se estiver
incompleta ou difusa, é possível que interferências negativas se manifestem e
passem a consumir a energia sexual do praticante. Este conceito é uma das
bases na crença dos Sucubus. Pancha Makara A corrente oriental da Magia Sexual, chamada Tantra,
é dividida em cinco categorias de aplicações distintas conhecidas como Cinco M ou Pancha Makara,
que em sua maioria, são canalizados no campo físico (Caminho da Mão Esquerda)
e outro simbólico (Caminho
da Mão Direita). O Pancha Makara recebe
interpretações diferenciadas nas cerimônias praticadas nas correntes do
Ocidente, ou em algumas situações, são adaptadas ou omitidas. Madya Sadhana A palavra Madya significa Licor e este princípio está
relacionado à aplicação do Caminho da Mão Direita com uso adequado de
estimulantes que ativam o sétimo chakra, Sahastrara, considerado o último
nível de evolução da consciência humana e responsável pela integração dos
outros chakras. Mamsa Sadhana O termo Mamsa pode ser traduzido como carne e significar que este
princípio está associado ao uso ritualístico de carne. Também pode ser
compreendido como fala
(do verbo falar)
e ser interpretado como uma invocação ou um mantra. Em quaisquer dos casos,
está associado ao Caminho da Mão Esquerda (Físico). Matsya Sadhana Matsya
significa
peixe. Este princípio é usado tanto no
aspecto físico como no simbólico. É visto como um fluxo psíquico que corre
através dos canais da espinha dorsal, ou minoritariamente, como o consumo
ritual de peixe num banquete ou Eucaristia. Mudra Sadhana Este é o mais conhecido fora dos círculos tântricos e
é utilizado de maneira similar nos Caminhos Esquerdo/Direito. Representa o
uso de posições específicas do corpo (especialmente da mão) para simbolizar
ou encarnar certas forças, além de efetuar mudanças na consciência. Maithuna Sadhana A palavra Maithuna refere-se a união sexual.
Este princípio, que atua tanto no aspecto físico como simbólico, está
relacionado primitivamente com a atividade sexual. Porém, pode ser
interpretado também como a atividade simbólica. (Fonte:http://www.spectrumgothic.com.br/ocultismo/magia/magia_sexual.htm) PARA: Voltar ao tema: Magia Sexual --» ver
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