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 Bruxas e o Malleus Maleficarum   O Malleus Maleficarum foi juridicamente
  admitido na Lei Canónica como um instrumento inquisitório contra bruxarias e
  heresias, através da bula papal  Summis desiderantes affectibus
  promulgada a 5 Dezembro 1486 pelo Papa Inocêncio VIII.  O
  tratado Malleus Maleficarum, foi
  criado em 1486 por H. Kramer e Jacob Sprenger, ambos membros da Ordem
  Dominicana e Inquisidores da Igreja Católica. Foi
  através da histórica bula papal de 1486, que a igreja reconhece a existência
  das bruxas e da bruxaria, assim como concedeu autorização para que os
  praticantes de bruxaria fossem perseguidos e eliminados.  E
  assim, inaugurou-se a sangrenta caça ás bruxas que durou séculos e foi
  responsável por um autêntico genocídio de mulheres e homens em todas as
  latitudes do continente Europeu, chegando mesmo a afectar os inícios da
  história norte Americana. O Malleus Maleficarum disserta sobre os
  três elementos fundamentais á concretização da bruxaria, sendo eles: I A
  existência de uma bruxa mal intencionada II A
  ajuda do demónio na persecução das intenções da bruxa III A
  permissão de Deus para que tais actos possam ocorrer O Malleus
  Maleficarum, é por isso um tratado
  sobre bruxaria, (identificando o fenómeno, assim como dissertando sobre os
  meios de o reprimir), que se encontra dividido em três secções, sendo estas: 
 Em
  resumo: O
  sangue da própria bruxa assinando um contrato demoníaco, bem como a relação
  carnal com o Diabo através do qual a liturgia infernal é praticada para
  outorgar o pacto infernal, são os meios descritos e através dos quais se
  jurava obediência a Satanás, ao passo que se renegava Deus e em suma se
  entregava a alma ao demónio para adquirir poderes sobrenaturais de bruxaria.  Aquela
  pessoa que se entregava ao demónio, era marcada pelo Diabo. A esse sinal,
  chamava-se a «marca da bruxa», ou a «marca de Caim».  Essa
  marca corporal confirma que a bruxa é na verdade uma bruxa. A marca não pode
  ser um sinal de nascença, mas sim algo adquirido no momento em que o Diabo
  assume poder sobre essa pessoa, ou escolheu essa pessoa para ser seu servo e
  sacerdote.  A «marca» é deixada pelo demónio no corpo da
  bruxa como forma de assinalar a obediência dessa pessoa para com o Diabo.  A
  «Marca» é criada de diversas formas: ou pelas garras do Diabo ao passar pela
  carne do seu servo, ou pela língua do Diabo que tocando o individuo, lhe
  deixa a marca demoníaca. A «marca» pode-se manifestar em diversas formas: Uma
  verruga, uma cicatriz, um sinal, e especialmente um pedaço de pele totalmente
  insensível.  As
  teses ocultistas mais actuais, tendem a identificar esta «marca do Diabo» não
  como um sinal físico presente no corpo da bruxa, mas antes como um «sinal»
  marcado na alma da bruxa, ou seja: o seu «nome espiritual», o nome com que
  bruxa viverá depois do pacto com o Diabo, e com o qual fará as suas
  bruxarias.  O
  «nome espiritual» é o nome que o demónio concede a uma bruxa quando ela
  outorga o seu pacto infernal, e é a «marca» que identificará para sempre essa
  pessoa diante do Diabo, da mesma forma que o «nome de baptismo» Cristão
  identifica uma pessoa diante de Deus. Assim,
  se o «nome de Baptismo» identifica uma pessoa diante de Deus, o «nome
  demoníaco» é o «sinal» por via do qual uma pessoa se identifica perante o
  demónio.  Ao ser
  baptizado por Deus, recebe-se um nome, e ao ser «baptizado» pelo Diabo,
  recebe-se outro. Os
  autores de «Malleus Maleficarum», ( Jacob Sprenger e Heinrich Kramer – Sec
  XV),  descreviam as relações carnais
  entre demónios e bruxas, não como um acto de amor, mas antes como um mero
  processo por via do qual um pacto demoníaco era firmado. A
  carnalidade era uma parte do compromisso que os homens e mulheres assumiam
  aquando da celebração do seu pacto com o Diabo. O objectivo
  da carnalidade era venerar o demónio, submetendo-se ao Diabo e assim
  concedendo ao espírito impuro tudo aquilo que esse pedisse. Pois se o padre
  se submete a Deus pela elevação espiritual, o bruxo submetia-se ao Diabo pela
  submissão carnal. Muitos
  teólogos Cristãos apoiaram esta ideia de submissão ao demónio pela
  carnalidade, ao passo que outros , ( como Pierre de Rostegny), afirmavam que
  Satanás preferia tentar mulheres casadas, uma vez que dessa forma ao possuir
  uma mulher casada estaria não só induzindo-a ao pecado da luxúria, como ao
  mesmo acrescentando á lista de pecados cometidos: o adultério. Pelo adultério
  praticado com um demónio a mulher tornar-se-ia bruxa, sendo que se o seu
  marido colaborasse com este atentado contra o sagrado matrimónio de Deus,
  poder-se-ia também tornar bruxo, pois não só se humilhava e submetia perante
  o Diabo, ( como seu servo, oferendando-lhe a sua própria mulher e permitindo
  que o matrimónio fosse corrompido), como também tinha compactuado com a
  pratica da violação de um dos mais sagrados votos Cristãos: a inviolabilidade
  santo matrimónio celebrado aos olhos de Deus. Se mulher, ( ou ate mesmo
  marido),  se submetessem a esta
  perversão, permitindo que o Diabo passasse a ser senhor de um lar que antes
  tinha sido consagrado a Deus, estavam geradas as condições para a
  celebração  de um pacto demoníaco. O
  princípio ideológico que estava por detrás destas teses e que suportava este
  tipo de pensamento teológico, perdurou durante séculos nas sociedades
  cristianizadas. A verdade
  é que ate há bem pouco tempo, o Divorcio Civil não era reconhecido pela
  Igreja Católica, que considerava que aquilo que foi unido por Deus, jamais
  poderia ser separado pela Lei do homem. Teólogos
  defensores das visões mais ortodoxas ou extremistas, tendiam a ver os
  casamentos que realizados após um divorcio civil,  se seguiam assim a um casamento celebrado
  aos olhos de Deus, como uma «ilegalidade espiritual», uma quebra de votos
  sagrados perante Deus que faziam a pessoa cair no pecado - pecado da fornicação
  e do adultério – Consequentemente aquelas pessoas que assim agiam,  estariam caindo nos caminhos do demónio,
  vivendo em pecado e assim estando abertas á influencia demoníaca. Exemplos
  atestados e comprovados de Pactos com o Demónio ao longo da história, existem
  e encontram-se documentados.  Eis
  alguns exemplos: 
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   Fonte: ww.magianegra.com.pt Ir para: bruxas e bruxaria  
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