Orações a Nossa Senhora da Esperança

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Orações a Nossa Senhora

Orações a Nossa Senhora da Esperança

 

Orações a nossa senhora da Esperança

 

Oração a Nossa Senhora da Esperança para obter auxílio em ocasiões dificeis

Oração a Nossa Senhora da Esperança pedindo uma graça

Oração a Nossa Senhora da Esperança

Oração a Nossa Senhora da Esperança – II

Oração a Nossa Senhora da Esperança – III

Consagração e Súplica à Nossa Senhora da Boa Esperança

Ladainha de Santa Maria da Esperança

Acerca de Nossa Senhora da Esperança

 

Nossa Senhora da Esperança

Poucos sabem que o Brasil nasceu sob o olhar maternal de Nossa Senhora da Esperança

Valdis Grinsteins

Na áurea época dos descobrimentos portugueses havia várias devoções muito difundidas em Portugal, sendo uma delas a de Nossa Senhora da Esperança. Devoção bem antiga, pois já no século X existia na França um santuário dedicado a essa invocação mariana, na cidade de Mezières.

Como tal devoção chegou a Portugal não o sabemos. É certo que uma imagem de Nossa Senhora da Esperança “presenciou” a descoberta do Brasil. E, portanto, desde o nascimento desta nova nação na família de países católicos, a Virgem da Esperança lhe dedicou um olhar de afeto e proteção.

Tudo começou da seguinte maneira. O descobridor Pedro Álvares Cabral tinha em sua residência uma imagem da Virgem da Esperança e, em sua viagem “às Índias”, levou-a consigo. Assim, ela aportou no Brasil na nau cabralina. Hoje ela se encontra na cidade de Belmonte, numa capela onde supõe-se que ele foi batizado.

455 anos depois…

Para o Congresso Eucarístico do Rio de Janeiro, em 1955, essa imagem foi trazida novamente ao Brasil.

Se ela retornasse hoje, como seria? Agradaria a Nossa Senhora encontrar o Brasil na caótica situação atual? Quanta imoralidade, corrupção, crimes, abusos, blasfêmias, pecados de toda ordem!…

Quanta razão para um castigo!

Mas, assim como há esperança em meio ao castigo para o homem que peca, assim também há esperança para uma nação, ainda que ela, em seu conjunto, não caminhe nas vias da Providência.

Mais que oportuno, portanto, o incremento entre nós da devoção a Nossa Senhora da Esperança.

 

Renascimento da devoção

Essa bela devoção marial, muito esquecida, parecia destinada a desaparecer, não fossem as aparições de Pontmain e tudo o que elas significaram de esperança para a primogénita das nações católicas: a França.

Em Pontmain — uma pequena aldeia do interior francês na região da Mayenne — nada havia de especialmente digno de nota… até 1871. Nesse ano, a França encontrava-se desfigurada pela descristianização e passava por dura provação.

No ano anterior, tinha declarado guerra à Prússia, mas seus exércitos haviam sido derrotados; Napoleão III, intitulado imperador, caiu em consequência da derrota; a república fora proclamada. Pior: na capital francesa, cercada pelo exército inimigo, vigorava um regime de anarquia precursor dos horrores do golpe comunista, conhecido como a Comuna de Paris. Nestas circunstâncias, nada impedia que o vitorioso exército prussiano ocupasse todo o país.

Naquela época histórica, uma vitória da Prússia sobre a França tomava ares de triunfo do protestantismo (majoritário em toda Alemanha) contra o catolicismo. Tendo a França a vocação de dar exemplo de civilização católica, sua derrota e consequente esfacelamento seria uma enorme perda para toda a Civilização Cristã.

Em 1871, a situação tinha chegado a tal ponto que nada poderia salvar a França. Nada… excepto Nossa Senhora. E Ela interveio.

Aparição de Pontmain

Pontmain, na época, contava com apenas 300 habitantes. Entre eles estava a família Barbedette, que tinha dois meninos: Eugênio, de 12 anos de idade, e José, de 10 anos. No dia 17 de Janeiro daquele ano, as duas crianças, por volta das cinco horas da tarde, foram ajudar seu pai nos trabalhos da fazenda. Era Inverno e já anoitecia, quando Eugênio, saindo da casa, vê a uns seis metros de altura, bem nítida contra um céu estrelado, uma Senhora grande e bela que lhe sorri. Vestia um traje azul cintilante de estrelas, um véu lhe cobria os cabelos e a metade da fronte, e por cima um diadema de jóias.

Eugênio, maravilhado, perguntou a uma empregada: “Você não vê nada?” “Nada”, foi a resposta. Seu irmão menor, José, chegou nesse momento e também viu Nossa Senhora. O pai aproximou-se, olhou e nada percebeu. Chamam então a mãe, para ver se ela percebia alguma coisa especial; ela, porém, nada viu. Mas, como mulher piedosa, disse poder tratar-se da Santíssima Virgem, e fez seus filhos rezarem.

O pai, desejoso de tirar a limpo o fato, mandou procurar uma freira da localidade, Sor Vitalina. Ela acorreu à fazenda, mas também nada viu.

Esta religiosa, impressionada pela sinceridade dos dois inocentes meninos, mandou buscar três crianças de sua escola. Estas nada sabiam da aparição, mas, logo ao chegar, duas delas (Francisca Richer, de 11 anos, e Juana Lebossé, de oito) exclamam imediatamente: “Oh! Que bela Dama! Ela tem um traje azul com estrelas de ouro!”. Curiosamente, a terceira menina nada percebeu.

Nesse momento, a notícia correu por todo o povoado. Em pouco tempo, 80 pessoas estavam ali reunidas. Outros dois meninos vêem a Senhora e a descrevem: Eugênio Friteau, de seis anos, e Augusto Avice, de cinco.

“Mãe da Esperança”

Sabendo que, quando Nossa Senhora se manifesta, alguma mensagem Ela quer deixar, o povo começou a rezar o Rosário. Os meninos vão descrevendo ao povo o que está se passando com Nossa Senhora. De repente, a imagem deixa de sorrir e seu rosto se entristece. A visão aumenta de tamanho e as estrelas do traje se multiplicam. Quando o povo canta oMagnificat, uma bandeira se desprega da imagem, e os videntes lêem para o povo as palavras nela escritas: “Rezai, meus filhos”.

Todos começam então a rezar as ladainhas. Surge uma segunda frase escrita:Deus vos atenderá dentro de pouco tempo”.Quando o povo cantou o hino Inviolata,apareceu uma terceira frase: “O Meu Filho se deixa tocar”.

Nesse momento a Virgem sorri novamente. Ao mesmo tempo todos os meninos se alegram, e esta alegria contagia todos os presentes. Estes entendem que, nesta hora especialmente trágica para a França, a Virgem veio em socorro. Por isso, entoam um hino patriótico:

“Mãe da Esperança,

Cujo nome é tão doce,

Protegei a nossa França.

Rezai, rezai por nós”.

Terminado o cântico, as inscrições desaparecem. O pároco entoa um hino de penitência. Aparece então nas mãos de Nossa Senhora uma cruz vermelha, na qual Nosso Senhor está cravado. Nossa Senhora aparenta profunda tristeza.

O povo começa a cantar o hino Ave Maris Stella, essa visão desaparece e os videntes vêem Nossa Senhora como Ela é representada na Medalha Milagrosa. Quando finalmente as pessoas recitam a oração da noite — tradicional prece para antes de se deitar — Nossa Senhora desaparece. São nove horas da noite.

A França é salva

Está historicamente provado que, a partir do momento em que Nossa Senhora apareceu, o exército alemão deixou de avançar, sendo que não tinha à sua frente nenhum batalhão que o pudesse deter. No dia seguinte ao da aparição, as tropas alemãs começam a recuar. Onze dias após, o armistício entre o dois países é assinado, e dois meses depois é estabelecida a paz.

As autoridades eclesiásticas francesas ordenam uma investigação sobre a aparição no povoado de Pontmain, e um ano depois chegam à conclusão de ser verdadeiramente digna de crédito.

Renasceu assim uma devoção que estava caindo no esquecimento.

***

Não será adequada para o Brasil a devoção a Nossa Senhora da Esperança, especialmente nas épocas em que tudo parece perdido? Se Ela olhou maternalmente para a Terra de Santa Cruz no descobrimento, não o fará em nossos dias, sobretudo nos momentos de aflição?

Bibliografia:

Jean Ladame, Notre Dame de toute la France, Éditions Resiac, Montsurs, França, 1987.

M. de la Franquerie, La Vierge Marie dans l’histoire de France, Lussaud Freres, França, 1939.

Nilza Botelho Megale, Cento e doze invocações da Virgem Maria no Brasil, Ed. Vozes, Petrópolis, 1986.

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