Ervas – Como utilizar as ervas

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As ervas podem ser empregadas para combater inúmeros problemas, mas há algumas indicações básicas para o seu bom uso. Em primeiro lugar, é preciso verificar se elas estão com mofo pois, como todos os seres vivos, elas são formadas principalmente de água, o que aumenta as chances de criarem mofo quando armazenadas. Neste caso, devem ser desprezadas. Por isso, deve-se evitar armazená-las em locais úmidos. Para conservar as ervas sem riscos, elas devem ser guardadas em recipientes de vidro, lata ou porcelana, nunca de plástico, separando-se as raízes, cascas e sementes das flores e folhas.

As quantidades de ervas devem ser sempre cuidadosamente respeitadas, para tanto observar a seguinte tabela de equivalências:

1 colher de café = 2 gramas

1 colher de sopa= 5 gramas

1 xícara de café= 50 ml

1 xícara de chá= 100 ml.

A regra geral para a proporção de água e ervas é a seguinte: para cada litro de água, quatro colheres de sopa de erva fresca ou duas colheres de erva seca. Adultos devem tomar quatro a cinco xícaras de preparação por dia; jovens, de três a quatro; crianças de dois a dez anos, duas xícaras; de um a dois, de meia a uma xícara. Para gargarejos, inalações, compressas e usos externos em geral, o chá deve ser mais forte.

Os chás devem, de preferência, ser preparados em utensílios de barro, louça ou cobre.

Veja, a seguir, os métodos mais usados na manipulação das ervas.

Existem quatro formas de preparo de chá:

Tisana: Coloque a erva em água já fervendo, cozinhe por 5 minutos com panela tampada e deixe descansar por 10 minutos com panela tampada. Coe e use.

Infusão: Colocar a planta em um recipiente e sobre ele despejar água em início de ebulição, abafar e deixar em repouso por no mínimo 10 minutos, e coar antes do uso. É importante abafar, principalmente quando se utilizam folhas e flores, para evitar que percam suas propriedades medicinais.

Decocção: Colocar a erva em um recipiente esmaltado ou de vidro, com água fria e ferver por 10 a 15 minutos (dependendo do quão dura seja a parte utilizada). Deixe repousar por 10 minutos em um recipiente bem tampado, coando após este tempo. Este método é indicado para sementes, cascas de árvores e frutas que são consideradas duras.

Maceração: Escolher a erva e lavar em água corrente as partes que serão utilizadas. Deixar a erva de molho em uma substância fria, que pode ser água, leite, vinho, etc, por um período mínimo de 12 horas, para que ela possa desprender seu princípio ativo no líquido. Nesse método, as vitaminas e sais minerais são melhor preservados.

Existem formas de aplicar as ervas externamente sobre partes do corpo que estão machucadas, inchadas ou doloridas. Podemos citar:

Cataplasma: Trata-se de envolver a parte lesada do corpo com um tipo de massa, feita de farinha e o chá da planta medicinal escolhida, geralmente quente. Para não machucar ou irritar ainda mais o ferimento, é aplicada sobre a pele entre dois panos finos.

Compressa: Cozinhar as ervas indicadas até se obter u m líquido bem forte ( 3 ou 4 vezes mais que o chá comum). A seguir mergulha-se pano nolíquido, torcer levemente e aplicar sobre a parte afetada.

Outras formas de preparo de ervas:

Tintura: A partir da maceração, é possível fazer tinturas de quase todas as ervas. A diferença está na preparação feita com álcool, ao invés de água. Deixa-se as partes vegetais frescas ou secas, grosseiramente trituradas, mergulhadas em álcool de cereais durante 15 a 20 dias. Após este período, filtrar e guardar em recipientes de vidro escuro, ao abrigo da luz.

Xarope: Preparar o chá de plantas, abafado ou cozido, e espessar com açúcar ou mel, fervendo até atingir o ponto de fio. Deve ser preparado em pequena quantidade, guardado em frasco bem limpo e escuro e conservado em geladeira. Útil no tratamento de tosse e bronquite.

Inalação: Derramar água fervente sobre a planta medicinal, num recipiente que permita à pessoa, com a cabeça coberta, aspirar o vapor desprendido.

Pomada: Misturar partes iguais das tinturas da ervas medicinais desejadas, com vaselina e lanolina (nesta ordem). Pode durar de um a dois anos. É preciso, entretanto, tomar o cuidado de manipular este produto sempre com uma espátula, evitando o contato com as mãos, que podem carregar impurezas externas, que sem querer acabam por contaminar a pomada.

Loção: Colocar uma xícara das de chá, contendo o infuso ou cozimento da erva escolhida, e adicionar 1/4 de álcool. O seu uso é recomendado em banhos e compressas locais para limpeza e tratamento de feridas, coceiras, afecções da pele e do couro cabeludo. Agitar sempre que for utilizar este produto.

Banhos: Chás fortes para serem misturados à água do banho.

Suco: Usar a planta fresca triturada com água no liquidificador, deixar descansar por 5 minutos e coar.

Os chás podem ser tomados quentes, no caso de resfriados e bronquites; mornos para insônia e como calmantes; e frios ou gelados para problemas estomacais ou diarréias.

O efeito de um chá é maior quando ele é tomado em jejum ou antes do sono. Não deixe colheres dentro do líquido, nem reaproveite-o no dia seguinte: de um dia para o outro ele fermenta.

Quando Colher?

O que colher Quando Colher
Talos e Folhas Antes da planta florescer
Flores Quando começar a floração
Frutos e Sementes Somente quando maduros
Raiz Quando a planta for adulta
Casca e Entre casca Quando a planta estiver florida

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Ervas mágicas – Catálogo de ervas

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Alecrim – (Rosmarinus Officinalis)

Planeta: Sol.

Origem: Sua origem remonta às praias do Mediterrâneo (o nome rosmarinus vem do latino que significa “o orvalho que vem do mar”, devido ao cheiro das flores vegetando à beira mar). Carlos Magno obrigava os camponeses a cultivá-lo. Foi companheiro dos portugueses nas Entradas e Bandeiras. Antigamente queimava-se caules de alecrim para purificar o ar do quarto de doentes em hospitais.

Partes usadas: Folhas e flores.

Lendas e Mitos: Conta-se que numa viagem Nossa Senhora sentou-se à sombra de um alecrim para dar de mamar ao menino Jesus: por isso acredita-se que a planta nunca atinja altura superior à de Jesus adulto. Outro conto diz que a Bela Adormecida foi acordada pelo príncipe com um ramo de alecrim. Os gregos usavam coroas de alecrim em festas, como símbolo da imortalidade. A crendice popular usa o alecrim para afastar olho gordo, erva da juventude eterna, do amor, amizade e alegria de viver. Erva colocada debaixo do travesseiro afasta maus sonhos. Tocar com alecrim na pessoa amada faz ter seu amor para sempre.

Características e Cultivo: Arbusto rústico e persistente, atinge até 2 metros de altura, com folhas resinosas, coriáceas, lineares e verde-escuras. O caule, quadrado, torna-se lenhoso à partir do segundo ano. Locais ensolarados, companheira da sálvia, brócoli e couve, atraem abelhas e repele moscas da cenoura. Solo drenado e permeável, vai bem mesmo nos pedregosos.

Alfazema (Lavanda) – (Lavandula angustifolia)

Planeta: Mercúrio.

Origem: Cresce principalmente nas regiões quentes do Mediterrâneo, encontrada aclimatada e nativa em diferentes pontos do globo. Desde há muito conhecida e utilizada pela Humanidade. Batizada de nardus pelos gregos, assim batizada por causa de Naarda, cidade síria à beira do rio Eufrates. A tranquilidade e a pureza são inerentes à fragância de alfazema. Perfume fresco e limpo, era o aditivo de banho preferido dos gregos e romanos, e o nome deriva do latim lavare (lavar). Conta-se que a peste não chegava aos fabricantes de luva de Grasse pois eles usavam a alfazema para perfumar o couro. Isso fez com que as pessoas na época andassem sempre com alfazema. Durante as duas Grandes Guerras, a alfazema foi utilizada para limpar os ferimentos; seu óleo vem sendo testado em bandagens cirúrgicas.

Partes usadas: Folhas e flores.

Lendas e Mitos: Bastante utilizada em banhos de purificação.

Características e usos: Na Antigüidade, a alfazema era uma das principais ervas utilizadas nos banhos dos gregos e romanos. Como remédio, suas aplicações são muitas. É uma erva tônica, anti-microbiana, anti-espasmódica, diurética e anti-pútrida. Seu chá é recomendado para dor de cabeça, enxaqueca, tontura, dor de garganta, tosse, coqueluche, faringite, laringite e asma. Indicada em casos de cistite e inflamações das vias urinárias. Tanto em chás como na forma de óleo essencial, esta erva acalma o sistema nervoso e facilita o bom sono. É recomendada também para combater vertigens, leucorréia e paralisações da língua. Combate cólicas e gases dos bebês recém-nascidos. Para uso externo, é empregada contra o reumatismo. Gargarejos feito com a decocção das flores alivia a dor de dente. Subarbusto perene, de 30 a 60 cms de altura,muito ramificado. Folhas opostas, estreitas, verde acinzentadas, com 2 a 5 cm de comprimento. Flores em espigas, que vão do branco, azuis, brancas ou róseas. O caule é quadrado, tornando-se lenhoso a partir do segundo ano, quando deve ser replantada. Cresce bem em solos arenosos e cálcareos. Prefere locais ensolarados e bem drenados, protegidos do vento.

O suave aroma da alfazema faz com que ela seja amplamente utilizada no preparo de sachês, sabonetes e perfumes.

Arnica – (Arnica montana)

Origem: Erva originária da Europa Central era conhecida por suas propriedades curativas e utilizada contra doenças das vias urinárias, coqueluche, desinteria.

Partes usadas: Folhas e flores

Características: Originária das regiões montanhosas da Europa, a arnica tem tem rizomas (caules subterrâneos) e raízes perenes, com caules (talos) aéreos que se renovam a cada ano. Sua altura varia de 20 a 70 cm. As folhas chegam a ter 7cm de comprimento. As flores amarelas ou alaranjadas têm forma de margarida. A arnica aclimatou-se bem nas regiões montanhosas de Minas Gerais.

Indicações e Usos: Tem propriedades anti-inflamatórias. Utilizada em tinturas e cataplasmas, é excelente no tratamento de emergência de choques e contusões, além de distensões musculares. A arnica é tóxica.

Atenção: Não se aconselha, de forma alguma, esta erva para uso interno. As substâncias extraídas das flores e das raízes só devem ser prescritas por profissionais.

Arruda – (Ruta graveolens)

Planeta: Marte.

Origem: Sul da Europa.

Partes usadas: Folhas e flores.

Lendas e Mitos: Usada desde a antiguidade para proteger as pessoas do mau olhado, no século XVI deu origem a uma estória curiosa: quando morriam em Londres 7.000 pessoas por semana com a peste, e as casas atingidas eram marcadas com uma cruz vermelha, alguns ladrões não se incomodavam e entravam para roubar e não eram atingidos pela peste. O motivo: um famoso vinagre, dos quais um dos principais componentes é a arruda, num galão de vinagre de vinho junto com a sálvia, losna, menta, alecrim e lavanda, temperadas com alho, cânfora, noz moscada, cravo e canela, constituindo um poderoso anti-séptico. Essa mistura ficou conhecida como vinagre dos quatro ladrões.

Características: A arruda é um arbusto, originário so sul da Europa e norte da África, que pode chegar a 1,5m de altura. Tem muitos ramos e folhas ovais e pequenas, de cor verde-acinzentado. As flores, de pétalas amarelo-esverdeadas, reúnem-se em terminais. O fruto é uma cápsula onde ficam as sementes pardas e rugosas. No país, conquistou o título de erva purificadora, que limpa ambientes, atrai bons fluidos e afasta maus-olhados. Na Idade Média, acreditava-se que a arruda defendia as pessoas contra a peste negra. Para o cultivo: solo bem drenado, sol pleno, companheira dos figos e rosas, incompatível com sálvia, manjericão e repolho.

Indicações e Usos: Informações médicas recentes desaconselham totalmente o uso da arruda na medicina caseira, devido à alta toxicidade da planta. Ela serve para preparar medicamentos feitos por farmacêuticos, da medicina alopata ou homeopata. Ramos frescos da planta servem como repelente de pulgas, insetos e ratos.

Atenção: O chá de suas folhas é empregado em várias regiões brasileiras no combate às cólicas menstruais. E justamente para estes casos é preciso tomar muito cuidado, pois a arruda pode provocar hemorragias graves e por vezes até a morte. Assim, não deve ser de forma alguma consumida durante a gravidez.

Artemísia – (Artemisia vulgaris)

Planeta: Sol.

Características: Cultivada em quase todo o Brasil, esta erva tem vários nomes populares: erva-de-são-joão, artemigem e outros. Originariamente foi encontrada na Europa, na Ásia Central e na África do Norte. A planta, muito cheirosa, possui flores brancas com folhas recortadas e esbranquiçadas na face inferior. Pode ser praticamente rasteira, com 15 cm de altura, ou crescer até um metro. Muito utilizada também como planta ornamental para jardins.

Indicações e Usos: Planta de até 1 metro de altura, talos eretos, ramificados, violáceos. Folhas polimorfas, verde escura na parte superior e esbranquiçadas na inferior, pubescentes. Flores amarelentas, formando racimo piramadal, com folhas entresmescladas. Floresce no verão. A raiz e a folha contêm óleo volátil e um princípio amargo que torna a artemísia útil como tônico estomacal, excitante, com propriedades anti-espasmódicas e anti-helmínticas. Ela é usada também para combater a histeria e as manifestações epilépticas, a icterícia e a diarréia. Tomado meia hora antes das refeições, o chá das folhas e flores da artemísia tem efeito digestivo e alivia cólicas intestinais. Contra distúrbios menstruais, recomenda-se beber uma xícara deste chá durante os sete dias que antecedem a menstruação. Devido a alta toxicidade contida no óleo essencial da planta, é necessário controle no seu uso e muito cuidado no excesso de doses.

Atenção: Durante a gravidez, ou quando estiverem amamentando, as mulheres devem evitar o consumo da artemísia.

Babosa – (Aloe vera)

Planeta: Sol

 Origem: África meridional

 Partes usadas: Dela se aproveitam as folhas; do seu suco dessecado é reduzida a pó.

Lendas e Mitos: A babosa é uma daquelas ervas que são companheiras antigas da Humanidade; Cleópatra já se beneficiava das propriedades rejuvenescedoras dos aloés sobre a cútis e o cabelo, para manter sua beleza. Muçulmanos, maometanos e judeus a usavam penduradas nas portas como proteção para todos os males. Perto de Meca era plantada ao lado dos túmulos para dar paciência aos mortos.

Características e Cultivo: Popular em todo o Brasil, a babosa, conhecida também como erva-babosa e aloé, é uma planta própria de regiões de clima quente. América, África e Ásia: são vários os continentes de origem desta planta. Suas folhas, grossas e orladas de espinhos em serrilha, contêm uma seiva amarelada, gomosa, de odor intenso e sabor picante. Na extremidade da haste que sai do centro das folhas, nascem flores amarelas e pequenos frutos capsulares, com as sementes. Planta muito antiga, já era conhecida da Humanidade desde as primeiras civilizações. A planta tem folhas triangulares, grossas, suculentas, orladas de espinhos em serrilha. Cultivo em terra com humus; aguenta período de seca. As flores pendulares são de um vermelho intenso, reunidas em cacho.

Indicações e Usos: A babosa entra na fabricação de licores, junto com outros ingredientes, e no preparo de cerveja preta, aperitivos e tônicos digestivos. Para fins medicinais, empregam-se as suas folhas frescas e o suco, extraído do caule, reduzido a pó, depois de dessecado. Suas folhas e principalmente o suco são emolientes e dão bons resultados quando aplicados sobre queimaduras, inflamações e para tirar berne, além de reduzir a queda de cabelos e a caspa em certos casos. Em doses pequenas, sua ação é tônica, aperitiva, estomacal e estimulante da secreção biliar. Administrada em doses maiores, funciona como purgante e ativadora da menstruação. O uso interno, entretanto, deve ser limitado, porque em doses acima do normal pode provocar nefrite (inflamação dos rins). Para o uso dermatológico, é utilizada como anti-rugas, limpando as células mortas e regenerando tecidos.

Atenção: A casca das folhas da babosa jamais deve ser consumida. Esta erva tampouco deve ser utilizada em crianças, gestantes e mulheres que sofrem de inflamações uterinas ou ovarianas. Contra indicada também para quem sofre de hemorróidas e cálculos da bexiga.

OBS: Dizem que Cleópatra já se beneficiava das propriedades rejuvenescedoras da babosa sobre a pele e os cabelos, para manter sua beleza.

Boldo – (Pneumus boldus)

Planeta: Júpiter

Partes usadas: Folhas

Características: Também conhecido como boldo-do-chile, como o próprio nome diz, esta planta é originária do Chile, mais especificamente da Cordilheira dos Andes. As folhas do boldo, intensamente aromática e de sabor picante, são oval-elípticas e cobertas de pêlos salientes, desagradáveis ao tato.

Indicações e Usos: Na medicina popular, o que se aproveita do boldo são somente as folhas, das quais se faz chá. Amargas, elas possuem propriedades tônicas e estimulantes. Facilitam a digestão, aumentando as secreções salivares e gástricas. São indicadas também nos casos de infecções hepáticas. Tomado diariamente, este chá acelera a produção da bílis, substância produzida pelo fígado que é importantíssima na decomposição de gorduras. Por isso mesmo o boldo é um ótimo auxiliar nos regimes de emagrecimento. Diurético, também é utilizado em casos de icterícia. As folhas do boldo desprendem um perfume semelhante ao da hortelã e da melissa.

Camomila – (Matricaria Recutita)

Planeta: Sol

 Origem: Erva de origem européia, vulgar nos jardins públicos.

 Partes usadas: Flores e folhas

Lendas e Mitos: Atrai dinheiro; plantada ao redor da casa afasta o olho gordo; simboliza a prosperidade.

Caracteristicas e Cultivo: Planta anual, haste ereta cresce de 25 a 50 cms com folhas delgadas e bem recortadas. Flores lembram pequenas margaridas brancas. Planta de clima temperado, vai bem em locais onde faça um pouco de frio, em sol pleno, solos bem drenados, argilo-arenosos e férteis; assegura a saúde das plantas ao redor. Amiga das couves, cebolas, mentas e repolho.

Indicações e Usos: Para fins medicinais, a única parte que se aproveita desta herbácea é a flor. Seu chá é utilizado para combater diversos problemas de saúde: tem ação anti-inflamatória, alivia as cólicas, é calmante, relaxante, combate a insônia e a acidez do estômago. Isto porquê ela protege as mucosas do sistema digestivo. Sob a forma de compressas sobre os olhos, o chá de camomila funciona como um calmante, ajudando a limpar, desinflamar e aliviar a irritação causada pela poluição. Na estética, ela também presta um importante papel: hidrata a pele e clareia o cabelo.

Outras espécies: Camomila Romana (arthemis nobilis) / Chamaemelum nobile Ait, camomila inglesa (rasteira e delicada) – é mais forte que a camomila comum, usar doses menores ( 3 gs para infuso, 10 gs para tintura oleosa). Uso medicinal bom : bom para azia, diarréia e dores menstruais.

Camomila falsa (chrisanthemum parthenium)- Vide matricária.

Costuma-se plantar a camomila ao redor da casa pois ela simboliza a prosperidade.

Capim Limão – (Cymbopogon citratus Staupf)

Origem: Propriedades ativas concentram-se nos óleos essenciais (citral e mirceno).Originária da Índia, introduzida no Brasil na época da colônia. Combate a erosão, tendo sido usado no Brasil Colônia para plantio à beira das estradas recém abertas.

Partes usadas: Folhas

Caracteristicas e Cultivo: Planta perene, forma enorme touceiras de folhas finamente estriadas, com margens cortantes, exalando um forte odor de limão. Flores agrupadas em pequenas espigas.

Cultivo: A planta prefere terrenos pouco úmidos, vegetando bem em regiões de clima tropical e temperado. Faz-se mudas desmembrando pedaços da touceira mãe, plantando em lugar bem ensolarado à um metro uma da outra. O capim-limão é conhecido popularmente por capim-cidreira, capim-cidrão, ou capim-santo. Originário da Índia, pode chegar a 1,5m de altura. Tem caule com nós bem demarcados e a bainha das folhas (base ligada ao caule) lisa e estriada. As folhas são alongadas, estreitas nas pontas, com até 50cm de comprimento, 5 a 7mm de largura e áspera nas duas faces. É uma planta bastante utilizada no plantio em nível, para a contenção da água da chuva, no controle à erosão.

Indicações e Usos: Com suas folhas, prepara-se um chá de ação relaxante muito indicado para insônia, diminuindo a ansiedade, bem como um excelente tônico depurativo nos estados gripais. É utilizado como calmante, anti-espasmódico, sudorífico e diurético. Por estimular a transpiração, ajuda a baixar a febre. Esta erva também diminui os gases intestinais e facilita o trabalho do aparelho digestivo. Acalma espasmos, histerias e outras perturbações nervosas. Atua como auxiliar nas afecções das vias urinárias. Batido no liquidificador, cru, com água gelada, é um excelente refresco nos dias muito quentes, para tirar o desânimo causado pelo próprio calor. Há informações de que causa a queda de pressão sanguínea.

Por estimular a lactação, o capim limão é indicado para gestantes e lactantes.

Erva Cidreira (Melissa) – (Melissa officinalis)

Descrição: Planta herbácea, muito ramificada, com talos de 30 a 40 cm de altura. Folhas oval-laceoladas, opostas, pencioladas, serradas, pontiagudas, verde-claro acinzentadas, de superfície áspera. Flores brancas pequenas, de cheiro parecido ao do limão. A origem do nome melissa vem do grego, que significa abelha operária, já que os insetos adoram o néctar produzido por esta erva.

Indicações e Uso:

1) Cura ou alivia nervosismo, histerismo, epilepsia, dores de cabeça, dores espasmódicas das vias digestivas, arrotos, enjôos, gases, palpitações cardíacas, irregularidade menstruais.

2) Fadiga, inflamações dos olhos, etc.

3) Acalma as dores de dente e desinflama as gengivas

4) Ajuda a diminuir o inchaço causado pela cachumba

Partes Utilizadas: Folhas.

Procedimentos:
1) Chá por Infusão: Uso Interno, para adultos. Utiliza-se 2 colheres de sopa de folhas picadas de erva cidreira para 1 litro de água fervendo, 3 xícaras de chá morno, sem adoçante, diariamente pelo tempo necessário a cura. Para crianças, de acordo com a idade administram-se chás fracos, proporcionalmente, em porções da erva a uma sexta ou a terça parte das doses indicadas para adultos.

2) Compressas: Uso externo, para adultos. Aplicadas sobre as pálpebras, porção da erva o triplo da preparada por infusão.

3) Cozidas: Em bochechos

4) Folhas Amassadas em sal e água

Erva Doce (Anis) – (Pimpinella anisum)

Origem: Já era cultivada pelos egípcios em 1500 AC para alimento, bebida e remédio. Em outros tempos nativa no Mediterrâneo e Ásia Menor. Também cultivada no México.

Partes usadas: Sementes, folhas e bulbos.

Lendas e Mitos: Os romanos faziam com a pimpinela o MUSTACEUS, um bolo que era servido ao final dos banquetes (foi o precursor dos bolos de noiva condimentados); era tão preciosa na Antiguidade, que a Inglaterra pagava impostos sobre sua importação.

Características: Planta anual, de 30 a 35 cms de altura. Folhas verdes, as inferiores orbiculadas, as médias são penadas e as superiores são inteiras ou tripartidas. Flores em buquês brancos, com frutos ovóides, um pouco alongados. O plantio é de Setembro a Novembro. Gosta de clima ameno. Quando o objetivo do cultivo for as sementes, colher no verão, quando estiverem amarronzadas. As folhas podem ser colhidas à partir dos 15 cms. O anis é uma planta herbácea, originária da Grécia, Egito e Oriente Médio. Com o passar do tempo, espalharam suas sementes pelo mundo, de modo que hoje elas podem ser encontradas nos cinco continentes. Anual, com altura variando entre 30 e 75cm, tem caule ereto, oco e estriado. As flores são brancas e dão origem a pequenos frutos ovóides ou periformes (em forma de peras).O sabor dos frutos do anis é quente, aromático e marcadamente doce. Popularmente é conhecido como Erva Doce.

Indicações e Usos: A essência do anis é utilizada na fabricação de licores, de confeitos e de medicamentos, para melhorar o sabor de alguns remédios. Na medicina popular, utilizam-se principalmente as sementes. Elas são estimulantes da digestão e da produção de leite. Tem propriedades anti-espasmódicas, carminativas (combate os gases intestinais), diuréticas e expectorantes. Acalma excitações nervosas e insônia. Age contra as cólicas dos recém-nascidos. O chá estimula as secreções lácteas, salivares e gástricas, beneficiando, conseqüentemente, a lactação, a higiene bucal e a digestão. A erva doce é benéfica para mulheres grávidas, pois alivia mal-estar e enjôos. A erva doce já era cultivada pelos egípcios em 1500 AC para uso como alimento, bebida e remédio.

Manjericão (Alfavaca) – (Ocimum basilicum)

Planeta: Marte

 Origem: O nome deriva do grego basileus que significa rei. Originário da Índia.

 Partes usadas: Folhas e flores

Lendas e Mitos: É a erva das fábulas Na Idade Média acreditava-se que um ramo de alfavaca num recipiente espantava escorpiões. Oriundo da Índia, o manjericão grande é venerado como planta imbuída de essência divina (consagrada a Krishna e Vishnu), por isso os indianos o escolheram para fazerem sobre a erva os juramentos em tribunal; além disso ela é colocada no peito dos mortos para servir de passaporte para o paraíso. Encontrou-se manjericão grande em volta do túmulo de Cristo depois da ressurreição, por isso algumas igrejas ortodoxas o usam para preparar a água benta e têm vasos em baixo dos altares. Em Creta, o manjericão simbolizava o amor banhado com lágrimas e na Itália é usado como prova de amor.

Plantadas nos túmulos, os hindus acreditavam ser o passaporte para o paraíso. Em Minas gerais era usado nos velórios por causa do seu cheiro. Na Itália oferece-se o manjericão como prova de fidelidade à pessoa amada. No Haiti acompanha a deusa pagã do amor, Erzulie, como uma poderosa proteção e as camponesas mexicanas muitas vezes trazem-no no bolso para atraírem o olhar de algum eventual apaixonado.

Características e Cultivo: Herbácea anual de até 60 cm de altura, caule pubescente, finamente estriado, ramoso, verde claro a avermelhado na base, folhas grandes, serradas, ovada e verde-clara, com cheiro forte e ardente, mas fresco. As flores se reúnem num fascículo circular em número de seis, e são pequenas, aromáticas e esbranquiçadas, desabrochando no final do verão. A espécie Citriodorum tem aroma de limão e a Purpurascebs tem folhas enrugadas e púrpuras, com flores rosa pálido. Gosta de solos leves e ricos em matéria orgânica, em terrenos ensolarados e bem drenados, bem irrigados quando seco. Propagação por semeadura ou estaquia de galhos. Deixar 30 cms entre as plantas. Funciona bem a auto-semeadura em locais que não são muito frios. São conhecidas e cultivadas no Brasil uma série de plantas que guardam um forte parentesco. Originária da Ásia Central e Índia, hoje esta espécie é cultivada em quase todo o mundo. Não tolera temperaturas baixas, prefere climas amenos ou quentes, formando grandes touceiras quando plantado em lugares adequados. Também conhecido como alfavaca.

Outras espécies: Manjericão de folha miúda ou de santa cruz: minimum

Manjericão de folha crespa: crispum

Manjericão de folha roxa: purpureum

Alfavacão: graissimun.

Indicações e Usos: É um dos ricos temperos da culinária italiana já incorporado à cozinha brasileira. Na medicina popular, o chá das folhas do manjericão é utilizado para aliviar as dores de garganta (gargarejo); em bochechos ajuda a cicatrizar aftas. Este chá atua ainda contra tosses, gripes, resfriados e crises de bronquite. Sendo um sedativo suave, pode ser usado para combater dor de cabeça, enxaqueca e gastrites. Recomenda-se o seu uso nos casos de vômitos e dores de estômago. Tem ação sobre o aparelho urinário combatendo o ardor ao urinar e estimulando os rins. Compressas feitas com o chá também são indicadas para o caso de lactantes que têm rachaduras no bico dos seios. É costume colocar ramos de manjericão nas gavetas e armários para perfumá-los e repelir insetos.

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Ervas mágicas – Poderes de algumas ervas

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Um dos elementos naturais mais explorados no combate a todo o género de feitiços são as plantas. Esse uso é feito por meio de encantamentos e rituais que empregam por vezes, para além das plantas, outros objectos que são misturados em fórmulas mágicas.

O conhecimento dessas plantas e da sua utilização é um legado de alquimistas, botânicos e sacerdotes do passado, e, apesar de se ter perdido grande desse conhecimento, o pouco que ficou, tem sido objecto de grande curiosidade ao longo dos tempos.

PODERES DE ALGUMAS PLANTAS MAIS CONHECIDAS

Como afrodisíaco: Cravo-da-índia, baunilha, canela, camélia, coentro, pimenta-da-jamaica, laranja-azeda, jasmim, pimenta-do-reino, salva, sândalo, rosa.

Para ajudar na meditação: Zimbro, giesta, glicínia, sândalo, magnólia, mirra.

Para atrair sorte: Canela, jasmim, lótus, jacinto, baunilha, gerânio, noz-moscada, cipreste.

Para estimular a clarividência: Açafrão, louro, anis-estrelado, cânfora, funcho, madressilva, cacto, gengibre.

Para estimular sonhos proféticos: Mimosa, amarílis, giesta.

Para limpar os ambientes de energia negativa: Cânfora, arruda, alecrim, espada-de-são-jorge.

Para melhorar as finanças: Camomila, alfazema, erva-cidreira, cedro, cipreste.

Para promover amizades: Ervilha-de-cheiro, urze, erva-cidreira.

Para proteger contra magia negra e negatividade: Alecrim, louro, jasmim, violeta, hortelã-pimenta, verbena, gerânio, manjericão, noz-moscada.

Para purificar os altares e untar objectos ritualísticos: Flor de maracujá, jacinto, benjoim, rosa, salva, mirra.

Para trazer paz e harmonia: Alfazema, narciso, urze, violeta.

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Ervas mágicas – Nomes antigos dados ás ervas

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Outros nomes para as ervas

Antigamente, várias ervas e plantas, que se supunha possuírem poderes místicos, recebiam apelidos ”bruxos”.

Alguns desses antigos nomes ainda são usados por muitos Bruxos e herbalistas de hoje, como:

– “grama-de-feiticeira” para a grama-de-ponta (Agropyron repens);

-“sinos de feiticeira” ou “luvas de feiticeira” para dedaleira (Digitalis);

– “vassoura de feiticeira” para urze (Calluna vulgaris);

-“er­va de feiticeira” para cicuta venenosa (Çonium macula-tum);

– “círio de bruxa” ou “vela de feiticeira” para verbasco (Verbascum thapsus);

-“bolsa de feiticeira” para bolsa-de-pastor (Çapsella bursa-pastoris);

-“flor de cigano” para cinoglossa (Çynoglossam officinale);

-“erva de cigano” para verónica (Verónica officinalis);

-“pé de druida velho” para estrela resplandecente (Çhamaelirium luteum)*;

-“violeta de mágico” para pervinca (Vinca minor); e

-“raiz de feiticei­ra” para ginseng (Panax schin-seng).

Historicamente, a verbena (Verbena) tem sido asso­ciada à bruxaria, magia e feitiçaria; por essa razão recebeu os apelidos bem apropriados de “erva de bruxo” e “planta de encantamento”. Na antiga Roma era conhecida como a “erva do bom presságio”, sendo utilizada para decorar os altares dos deuses.

Muitas ervas usadas pelos Bruxos foram colhidas, comidas ou sacrificadas em honra a certas deidades pagãs. Suas associações mitológicas estão reflectidas nos apelidos:

-“grupo de Júpiter” para o verbasco (Verbascum thapsus);

-“raio de Júpiter” para o meimendro (Hyoscyamus níger);

-“lágrima de Juno”, “planta de Mercúrio” ou -“lágrimas de Ísis” para a verbena (Verbena); e

“barba de Júpiter” ou “olho de Júpiter” para a sempre-viva dos telhados (Sem-pervivum tectorum).

* Nome popular de três plantas norte-americanas: Alteris farinosa, Çhamaelirium luteum e Liatris squarrosa. (N.T.)

Na Idade Média, quando a Igreja Cristã ganhou po­der, as deidades de natureza pacífica da Religião Antiga foram transformadas nos diabos da nova religião, e muitas ervas, associadas aos pagãos, tomaram-se ervas do diabo e receberam apelidos como:

– “pedaço do diabo” para a estrela resplandecente (Çhamaelirium luteum),

“nabo do diabo” para a briônia (Bryonia dioica);

-“chapéu do diabo” para a bardana (Petasites);

-“erva do diabo” para o junípero ÇJuni-per sabina);

-“provocação do diabo” e “brinquedo do diabo” para o milefólio (Achilea millefolium)9,

-“vinha do diabo” para a trepadeira (Çonuolvulus sepium)’,

-“maçã de satã” e “vela do diabo” para a mandrágora europeia (Mandragora officinarum);

-“pedaço do diabo” para o heléboro (Veratrum viride):

-“ossos do diabo” para o inhame selvagem (Diosco-rea villosa);

-“maçã do diabo” e “trombeta do diabo” para o estômago (Datara stramonium)

-“olho do diabo” para o meimendro (Hyoscyamus niger) ;

-“excremento do diabo” para a férula (Ferula foetidá);

-“doce do diabo” para o visco (Viscum álbum); e

-“raiz do diabo” para o cacto peiote (Lophorora williamsiï).

Na Alemanha e na Holanda, a artemísia (Artemísia vulgaris) era conhecida como “planta de São João”, pois acreditava-se que, quando colhida na véspera do dia de São João (Véspera do Soistício do Verão), dava protecçãocontra feitiçaria, maus espíritos, doenças e infortúnios.

O estragão (Artemísia dracuncuius) é muitas vezes chamado de “erva do dragão” ou “pequeno dragão”; a arruda(Ruta graveolens) é conhecida como “erva da gra­ça”, e o manjericão (Ocimum basilicum) é a “erva do amor”.

Círculos de cogumelos em áreas gramadas, que mar­cam a periferia do crescimento dos micélios sob o solo, são chamados de “anéis das fadas”, em virtude da crença de que os círculos são produzidos por fadas aladas.

Muitas ervas estão também associadas a músicas folclóricas e recebem apelidos, como “cavalos das fadas” para a erva-de-santiago (Seneció)’, “dedos de fada”, “capas de fada”, “dedais de fada” e “luva de fada” para a dedaleira(Digita-lis); “fumaça de fada” para cachimbo de índio (Monotropa uniflora); “erva de duende” e “cauda de duende” para a ênula (Inula helenium); e “trevo de duende” para o trevo ou azedinha (Qxalis acetosella).

O visco (Viscum álbum) era erva altamente reveren­ciada nos aspectos mágicos e religiosos entre os antigos sacerdotes druidas da Bretanha e da Gália pré-cristãs e se tomou conhecido apropriadamente como “erva de druida”.

Acreditava-se que a centáurea (Çentaurium umbella-tum) possuía grandes poderes mágicos conhecidos dos druidas, que usavam a planta como amuleto para atrair a boa sorte e repelir o mal. E muitas vezes chamada de “casco de centauro”, ligada ao lendário centauro Quíron, que a utilizava para curar ferimentos de flechas.

O absinto (Artemísia absinthium) era sagrado para a Grande Mãe, sendo conhecido como “espírito-mãe”.

A alquemila (Alchem illa vulgaris), uma erva silvestre europeia, passou a ser conhecida como planta mágica importante no século 16 com a descoberta do orvalho nocturno recolhido das dobras em forma de funil nas suas folhas semi-fechadas de nove lobos. Cientistas de mentes alquímicas daquela época consideravam o orvalho subs­tância altamente mágica, e a planta logo recebeu o nome de Alchemilia que significa “pequeno mago”.

A mandrágora, com sua raiz misteriosa com forma humana, é planta associada à feitiçaria medieval e talvez seja a mais mágica entre todas as plantas e ervas. Na Arábia, ela é chamada de “vela do diabo” ou “luz do diabo”, pela antiga crença de que suas folhas brilham no escuro, fenómeno, na realidade, causado pelos vagalumes. Os antigos gregos chamavam a mística mandrágora de “plan­ta de Circe”, pois acreditavam que Circe, feiticeira que fazia encantamentos, usava infusão de mandrágora pri­meiro para cativar e, depois, para transformar suas víti­mas. A mandrágora possui vários outros apelidos, incluindo “homem-dragão”, “raiz de bruxo”, “anão-terra”, “raiz do diabo” e “pequeno homem enforcado”.

 Fonte: “O livro das ervas, magia e sonhos” de Gerina Dunwich

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Ervas & ervinhas – A historia das ervas

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As ervas têm sido usadas para curar o corpo desde os tempos pré-históricos, e o estudo das ervas medicinais data de mais de cinco mil anos, na época dos antigos sumerianos.

Os remédios de ervas são um sustentáculo na me­dicina tradicional chinesa, e o livro de ervas mais antigo de que se tem conhecimento é o chinês Pen-teüo, escrito pelo imperador Shen-nung (3737-2697 a.C.). Estão re­gistrados nesse livro mais de 300 preparados com ervas medicinais.

Os antigos egípcios também usaram remédios de er­vas, e, de acordo com um registro antigo chamado Papiro Ebers, houve perto de 2.000 doutores em ervas praticando sua arte no Egipto por volta do ano 2.000 a.C.

Foram encontrados livros sobre ervas dos antigos gregos, que estudaram suas qualidades medicinais e re­gistraram muitas observações. Segundo o filósofo grego, botânico e autor Teofrasto, mais de 300 ervas medicinais cresciam no jardim de Aristóteles.

No primeiro século da era cristã, o primeiro tratado europeu sobre as propriedades e uso medicinal das ervas foi compilado por Dioscórides, médico grego.

A cura pelas ervas foi rito importante em várias religiões pré-cristãs. Referências que se repetem apare­cem até nos Antigo e Novo Testamentos da Bíblia, inde­pendente do fato de a igreja cristã primitiva ter preferido a cura pela fé à prática formal da medicina, a qual tentou proibir.

As tribos indígenas da América do Norte utilizavam ervas tanto para curar como para a prática da magia e descobriram utilidade para quase todas as plantas nati­vas. Seu conhecimento inestimável de inúmeros medica­mentos botânicos foi passado para os colonizadores brancos europeus nos Estados Unidos e no Canadá.

No ano de 1526, o anónimo Grete Herball foi o primei­ro livro sobre ervas publicado em língua inglesa. Em 1597, surgiu um dos mais famosos livros dessa era. Foi chamado de Gerardes Herball e era um trabalho de John Gerard, cirurgião e farmacêutico inglês do rei James I. Em 1640, surgiu o livro Theatrum Botanicum, de John Parkinson, seguido de outro, sobre as influências astrológicas nas ervas, de Nicholas Culpepper.

À medida que a química e outras ciências médicas rapidamente se desenvolveram, nos séculos 18 e 19, a medicina das ervas perdeu popularidade nos Estados Uni­dos e na Europa, cedendo lugar às drogas químicas activas e à prática da quimioterapia.

Actualmente, nos Estados Unidos, testemunha-se o ressurgimento do interesse popular pelas ervas e pêlos produtos derivados, e algumas pessoas (incluindo wicca-nianos, os seguidores da Nova Era e os que se voltam para a natureza) estão começando a se afastar dos medicamentos artificialmente preparados da sociedade moderna para buscar os métodos mais naturais e antigos da cura.

As ervas são naturais. Muitas podem ajudar a preve­nir e a curar doenças. E, para muitas doenças, a cura da Mãe Natureza pode ser muito melhor do que as pílulas sintéticas de sabor desagradável produzidas pelo homem e que proporcionam alívio temporário dos sintomas, mas não erradicam a causa da doença.

NOTA: muitas doenças actuais precisam dos métodos actuais de tratamento. No caso de condições emocionais ou físicas crónicas ou sérias, recomenda-se algum tratamento médico profissional a ser imediatamente procurado.)

Muitos Wiccanianos apreciam plantar seus próprios jardins de ervas; entretanto, a maioria das ervas medici­nais (e mágicas) pode ser obtida também em lojas de produtos naturais, floras, supermercados e até nas flores­tas ao longo das estradas, se você conhecer o que está procurando.

CUIDADO: muitas ervas são venenosas e podem cau­sar doenças brandas ou graves e, em alguns casos, até a morte. Você nunca deverá tentar colher ervas selvagens para uso medicinal, a menos que seja especialista ou esteja acompanhado de um herbalista experimentado e treinado.

Fonte: “O livro das ervas, magia e sonhos” de Gerina Dunwich

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